Liberté Égalité Fraternité
A França sempre foi um país “avant le letre”. Semeou e fortaleceu os valores ocidentais de democracia, direitos humanos, respeito a diferenças e igualdade. O próprio lema da Revolução Francesa nos recorda disso. “Igualdade, Liberdade e Fraternidade” deveriam ser muito mais que três palavras marcadas em livros de história.
Igualdade e liberdade já estão em pauta na luta, mas a fraternidade ainda parece que vai demorar um pouco, principalmente agora, com as recentes mudanças desenvolvidas no século XXI, em que o papel do indivíduo no convívio social tem se tornado mais fortalecido. Há momentos em que até mesmo a liberdade está sendo contestada, a igualdade ganhou um grande aliado: o presidente eleito da França.
Macron, o mais jovem líder francês depois de Napoleão Bonaparte, declarou que pretende mudar o papel da primeira dama na França. Atualmente, esse papel no pais europeu é meramente protocolar, mas o novo presidente pretende torná-lo oficial (como é o caso dos EUA). Brigitte Macron ocupará, no entanto, a posição sem receber salário para atender as funções de primeira dama. Uma decisão coerente com as plataformas de diminuição de gastos públicos propostas pela campanha do francês.
Mas mais do que isso, uma das primeiras atuações da nova Primeira Dama como auxiliar e conselheira política do presidente, já se deu na formação do alto escalão do governo. Por influência de Brigitte, a composição ministerial de Macron será de 50% de mulheres e 50% de homens. Novamente vemos a França sair da média e adubar os valores ocidentais. Depois da substituição de uma Michelle Obama por uma Melania Trump, será interessante ver Brigitte Macron no Eliseu.
