A 13 de maio em busca da paz
Aos cem anos da aparição da Virgem Maria em Fátima, Portugal, o antigo vilarejo, hoje um dos maiores centros de peregrinação católica do mundo, tornou-se o centro das atenções na data de 13 de maio de 2017. A presença do Papa Francisco, um líder que tem chamado a atenção da sociedade internacional
para olhar para outros temas — geralmente deixados embaixo do tapete — mobilizou a mídia.
Mas, dias antes, um outro fato aconteceu e merece ser visto com mais atenção. Por uma maior união entre cristãos e muçulmanos, Sami, um jovem muçulmano, libanês, de 29 anos, aproveitou as férias na península Ibérica, percorreu o caminho até a igreja do Santuário de joelhos. (Link da notícia completa, com vídeo, aqui).
Em um mundo em que os conflitos estão tendo cada vez mais requintes de crueldade, em que pela percepção de segurança abrimos mão das liberdades mais básicas, em que o diferente é visto como um inimigo a ser combatido, um fio de esperança brilha a cada notícia como essa.
Os conflitos no Oriente Médio são históricos e dificilmente serão solucionados apenas por interesse político. Em seu inicio, foram, sim, políticos, mas agora, a violência marcou tanto as duas sociedades (Israel e Palestina), que uma solução política não irá apresentar uma resolução do conflito. Não basta mais, os dois lados sentarem-se à mesa de negociação e estipularem acordos, reparações e novas regras. É preciso educar as crianças, dos dois lados, para uma cultura de paz e de convivência respeitosa — antes do término das negociações de paz — pois hoje jia crescem ouvindo histórias de como o outro lado é um inimigo sanguinário.
Criança não nasce política. Criança quer brincar. Criança precisa de exemplos para enxergar o mundo enquanto cresce. Quem sabe a história do libanês Sami não seja um bom exemplo de como enxergar o mundo com olhares de paz.
